Patrulhamento na Coronel Antonino deve ser reforçado após reclamações

Na noite de quarta-feira (9), uma reunião importante aconteceu em Campo Grande, reunindo cerca de 100 lojistas preocupados com a crescente sensação de insegurança no bairro e na Avenida Coronel Antonino. Representantes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana e outras entidades estiveram presentes para ouvir as preocupações dos comerciantes. Os lojistas relataram uma série de problemas, como furtos de fios de energia, arrombamentos em estabelecimentos comerciais e ameaças a clientes, que têm afetado negativamente o dia a dia da região.

Um dos organizadores do encontro, o comerciante Paulo de Mattos Pinheiro, destacou que a Polícia Militar reafirmou seu compromisso com a população e informou que já realiza patrulhamento na área, mas que esse esforço será intensificado. "Estamos buscando resultados melhores, e já notei que a Polícia Militar aumentou as rondas na nossa região", comentou Paulo. Essa iniciativa é um passo importante para garantir a segurança dos moradores e comerciantes locais.

A assessoria da PMMS emitiu uma nota informando que o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Emerson de Vicente Almeida, esteve presente na reunião, acompanhado de comandantes dos batalhões que atendem a área. Durante o encontro, foram prestados esclarecimentos sobre as ações de policiamento, que são realizadas de forma contínua com o apoio de unidades especializadas, como o Batalhão de Choque e o Batalhão de Trânsito. A corporação ressaltou que o policiamento é planejado com base em dados estatísticos extraídos dos boletins de ocorrência e dos atendimentos à comunidade.

Para que as ações policiais sejam mais eficazes, a PM orientou os moradores a repassarem informações diretamente às equipes policiais ou a registrarem os crimes na delegacia. Isso permite uma atuação mais precisa e direcionada. Além disso, a corporação destacou o reforço no número de viaturas em circulação, conforme o planejamento estratégico da PMMS. A importância da atuação conjunta da comunidade e de outros órgãos também foi ressaltada, já que a situação envolve questões relacionadas à saúde pública, assistência social e outras áreas.

Paulo de Mattos Pinheiro adiantou que pretende acionar novamente a Defensoria Pública e a Polícia Militar para que operações semanais sejam realizadas na região, com o objetivo de identificar "andarilhos" e reduzir a presença de pessoas em situação de rua no entorno da Coronel Antonino. Ele enfatizou que é necessário que outras instituições também atuem na solução do problema. Por isso, representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), das comissões de Segurança Pública e Direitos Humanos da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), da Câmara Municipal de Campo Grande e da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) participaram da reunião.

Com relação ao Legislativo, Paulo informou que o vereador André Salineiro (PL) representou a Câmara na reunião e se comprometeu a viabilizar uma audiência pública sobre o tema, prevista para ocorrer no próximo dia 26. A expectativa é de que, já na próxima semana, os comerciantes se reúnam com o parlamentar para definir os detalhes do encontro. Ainda segundo Paulo, houve frustração por parte dos lojistas com a ausência da vice-prefeita e secretária da SAS, Camila Jara, que não participou da reunião. Um representante da secretaria esteve presente, mas, segundo o comerciante, "repetiu todas as coisas que já conhecemos" sobre as ações que dizem estar em andamento.

Apesar disso, Paulo elogiou o trabalho da Guarda Civil Metropolitana na região e apontou a demora no registro de boletins de ocorrência pela Polícia Civil como um dos fatores que desestimulam comerciantes a denunciarem os crimes, dificultando a atuação das forças de segurança. A ACICG foi procurada pela reportagem, mas até a publicação da matéria não enviou resposta. A Polícia Civil também foi consultada, mas disse que não responderia.

Em resumo, a reunião foi um momento importante para discutir as preocupações dos comerciantes e buscar soluções conjuntas para melhorar a segurança na região. A colaboração entre as diferentes entidades e a participação ativa da comunidade são fundamentais para enfrentar os desafios e garantir um ambiente mais seguro para todos.