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Confusão em atacadista termina com tiro e mulher feita refém na UPA

Publicado em 11/04/2025 13:36

Só nesta sexta-feira foi detalhado o que ocorreu ontem em atacadista de Campo Grande que mobilizou 13 viaturas da polícia. A ocorrência que começou como uma abordagem de rotina, no estabelecimento da Avenida Cafezais, na tarde de quinta-feira (10), terminou em agressões, disparo de arma de fogo e uma mulher feita refém na região das Moreninhas, em Campo Grande. O caso envolveu um morador de rua, um cliente do mercado e agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Conforme boletim de ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Cepol), a confusão começou no atacadista, onde uma funcionária do setor de prevenção de perdas solicitou apoio da GCM.

Um homem em situação de rua estaria pegando produtos dentro da loja e pedindo que clientes os comprassem para ele. Quando os guardas chegaram, o homem tentou fugir entre os veículos do estacionamento, mas foi contido nas grades de proteção do mercado. Vídeo enviado ao , mostra o momento em que mais de 13 agentes aparecem para conter o homem.

Durante a abordagem, um cliente interveio filmando a ação e dizendo que os guardas não poderiam agir daquela forma. Ele incentivou o abordado a não colaborar. O homem, que se identificou apenas como Alex, se recusou a fornecer outros dados pessoais. Diante da resistência, foi colocado na viatura.

Em seguida, os agentes decidiram abordar também o cliente que continuou resistindo e se recusou a apresentar documentos. Foi então utilizado spray de pimenta e técnicas de imobilização. O cliente, que alegou ser asmático, foi conduzido à UPA Moreninhas para atendimento médico.

Na unidade de saúde, o caso ganhou ainda mais gravidade. Durante o atendimento do cliente, Alex pediu para ir ao banheiro e, ao ser algemado, reagiu com violência, entrando em luta corporal com um dos guardas. Segundo o boletim, ele desferiu chutes, tentou enforcar o agente e ainda tentou tomar sua arma. Para evitar um possível desarme, o guarda efetuou um disparo em direção às pernas de Alex, mas o tiro atingiu o chão.

Mesmo com o disparo, Alex conseguiu correr até um quiosque de lanches próximo à UPA. Lá, entrou no local e fez uma mulher refém ao segurá-la pelo pescoço. Populares ajudaram na contenção, junto com os agentes da GCM, que usaram algemas e reconduziram o homem à viatura.

A vítima feita refém, não sofreu ferimentos. Já o agente envolvido na luta corporal foi atendido pelo médico plantonista do UPA, que atestou escoriações, hematomas no pescoço e dores na perna.

A ocorrência foi registrada como lesão corporal dolosa, resistência, desobediência, disparo de arma de fogo e recusa de dados sobre a própria identidade ou qualificado. A arma utilizada no disparo será encaminhada para perícia.

O guarda agredido manifestou desejo de representar criminalmente contra Alex. Por determinação da autoridade policial responsável pela investigação, o cliente também foi inserido como vítima de lesão corporal dolosa.

O procurou a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), responsável pela Guarda Municipal de Campo Grande e aguarda retorno.

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