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Com crise de leitos, MP orienta levar crianças até para outros estados

Publicado em 01/05/2025 17:14

Diante da situação de emergência causada pelo aumento dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Campo Grande, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) orientou que, se necessário, crianças sejam transferidas até para outros estados. A medida foi tomada após a constatação da falta de leitos pediátricos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nas unidades de saúde e hospitais da Capital.

Crise de leitos em Campo Grande leva Ministério Público a recomendar transferência de crianças para outros estados. A superlotação em hospitais e a falta de leitos de UTI pediátrica devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave motivaram a medida. Crianças estão internadas em condições inadequadas em UPAs e centros de saúde. O MPMS orientou a transferência para hospitais particulares, outras cidades e, se necessário, outros estados, garantindo transporte adequado, incluindo UTI aérea. Campo Grande registra 1.048 casos de SRAG e 72 mortes. A cobertura vacinal contra influenza é de apenas 18,51%, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.

A recomendação foi feita nesta semana, durante reunião entre as Promotorias de Justiça de Saúde, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que discutiu a ampliação dos leitos pediátricos e de UTI infantil.

Conforme apontado pelo MPMS, muitas crianças estão sendo mantidas em condições inadequadas em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), CRS (Centros Regionais de Saúde) e prontos-socorros, por falta de vagas específicas.

Por isso, o órgão recomendou que, na ausência de leitos públicos, os pacientes sejam transferidos para a rede privada, outras cidades do Estado e, em último caso, para outros estados do país — com garantia de transporte adequado, inclusive com UTI aérea para crianças e seus responsáveis.

Durante a reunião, a Sesau informou que Campo Grande registra 1.048 casos notificados de SRAG, com 72 mortes confirmadas. A secretaria também apresentou um painel de monitoramento da cobertura vacinal de 2025, que aponta a aplicação de 69.123 doses da vacina contra a influenza, resultando em uma cobertura de 18,51%.

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