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"Qualquer pessoa que desvia sua função tem que ser investigada", diz governador

Publicado em 30/04/2025 13:17

"Qualquer pessoa que desvia sua atividade, sua função, tem que ser investigada". A fala é do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), sobre a investigação de um esquema milionário de fraude tributária no Estado. A operação Colheita Fantasma prendeu investigados e foi deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), nesta quarta-feira (30).

O governador foi questionado pela imprensa sobre a operação policial, enquanto participava da solenidade de assinatura de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida. Brevemente, afirmou que apoia qualquer investigação. "Vou me inteirar dos dados para entender a dimensão de prejuízo, se a gente tem condição de recuperar ou não. Alguém que não faz direito tem que ser investigado", pontuou.

Segundo a investigação, a organização criminosa era especializada em fraude fiscal e lavagem de dinheiro, responsável pela emissão de notas fiscais eletrônicas sem a efetiva circulação de mercadorias, simulando transações interestaduais de grãos para gerar créditos tributários fraudulentos.

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As investigações revelaram que diversas empresas, controladas de forma oculta por um mesmo grupo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão em operações fictícias de 2020, gerando um suposto crédito tributário indevido de pouco mais R$ 100 milhões, além de possíveis danos tributários em âmbito federal.

Em Ivinhema, a 289 km de Campo Grande, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão em uma chácara com piscina e imóvel de alto padrão. A ação apreendeu até dólar do Zimbábue, no mínimo, inusitado.

Nome da ofensiva, Colheita Fantasma reflete a principal fraude constatada: a existência de uma produção agrícola fictícia, restrita apenas a documentos, sem lastro em mercadoria real. A ação é conjunta com a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e Receita Federal.

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