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Chácara de dona de loja de roupas é alvo de ofensiva contra sonegação

Publicado em 30/04/2025 09:49

Em Ivinhema, a 289 km de Campo Grande, a operação Colheita Fantasma cumpriu mandado de busca e apreensão em uma chácara com piscina e imóvel de alto padrão. O local fica a 600 metros do Bairro Itapuã, na área urbana, e é da dona de uma loja de roupas em Ivinhema.

De lá, os policiais saíram com uma caminhonete apreendida. Deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) nesta quarta-feira (dia 30), a ação contra fraude tributária milionária prendeu o coordenador do esquema.

Conforme apurado pela reportagem, o alvo preso não se trata de servidor estadual. Houve uma segunda prisão, mas por flagrante de três armas de fogo e munição, que estavam no escritório de empresa cerealista, cujo proprietário acabou preso.

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A organização criminosa era especializada em fraude fiscal e lavagem de dinheiro, responsável pela emissão de notas fiscais eletrônicas sem a efetiva circulação de mercadorias, simulando transações interestaduais de grãos para gerar créditos tributários fraudulentos.

As investigações revelaram que diversas empresas, controladas de forma oculta por um mesmo grupo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão em operações fictícias de 2020, gerando um suposto crédito tributário indevido de pouco mais R$ 100 milhões, além de possíveis danos tributários em âmbito federal.

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Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Campo Grande, além do sequestro de bens, incluindo o bloqueio de contas bancárias na ordem de R$ 20 milhões. Num dos locais, foi apreendido até dólar do Zimbábue

A operação recolheu documentos fiscais, equipamentos eletrônicos, registros financeiros e contratos sociais. A polícia foi a escritórios, residências e locais relacionados à administração de empresas utilizadas para simular operações fiscais.

Nome da ofensiva, Colheita Fantasma reflete a principal fraude constatada: a existência de uma produção agrícola fictícia, restrita apenas a documentos, sem lastro em mercadoria real. A ação é conjunta com a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e Receita Federal.

A Sefaz informou que informações serão divulgadas somente pela Polícia Civil.

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