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Associação repudia fala de Zeca, que chamou PM de "a droga da polícia"

Publicado em 29/04/2025 22:02

### Início: O Clima Tensa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

Nesta terça-feira (29), a atmosfera na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul ficou tensa após declarações polêmicas do deputado estadual José Orcírio Miranda, conhecido como "Zeca do PT". Durante uma sessão, Zeca se referiu à Polícia Militar (PM) como "a droga da polícia", em meio a um debate sobre os protestos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a atuação da tropa de choque em desocupações no estado. Essas palavras não passaram despercebidas e logo geraram uma reação forte.

### Desenvolvimento: A Reação da Associação dos Militares

A Associação dos Oficiais Militares Estaduais (AOFMS), que representa os militares de Mato Grosso do Sul, não ficou calada diante dessas declarações. Em uma nota de repúdio, a entidade afirmou que as palavras do deputado "extrapolar os limites da crítica política e invadir o terreno da ofensa gratuita". A AOFMS argumenta que a fala de Zeca atingiu a dignidade da corporação e de seus integrantes, e exigiu uma retratação pública. A associação enfatizou que não se pode tolerar que um representante do povo utilize a tribuna parlamentar para desacreditar as instituições de segurança pública.

A situação se tornou ainda mais tensa quando o deputado Coronel David (PL) reagiu, dizendo: "droga é o senhor, droga é o seu partido". O presidente da Casa, Renato Câmara (MDB), teve que intervir e suspender a sessão por alguns minutos para acalmar os ânimos. Na retomada, alguns parlamentares do PL deixaram o plenário, demonstrando sua insatisfação com o clima hostil.

### Desenvolvimento: Propostas e Confrontos

No mesmo dia, o deputado João Henrique Catan (PL) apresentou um projeto de lei que institui o programa "Movimento dos Trabalhadores com Terra". O objetivo é proteger a propriedade produtiva e combater ocupações ilegais. A proposta também cria o "Abril Verde e Amarelo" no calendário oficial do estado, em contraponto ao "Abril Vermelho" do MST. O lema sugerido é: "Por uma terra legal, produtiva e sem invasões". Catan afirmou que não há espaço para o uso político da pobreza ou para movimentos que desafiem a lei e a propriedade privada.

Essa proposta foi vista como uma resposta direta às ações do MST e gerou mais confronto entre os parlamentares. A tensão entre os partidos ficou evidente, com cada lado defendendo suas posições de forma veemente.

### Conclusão: O Debate Continua

O episódio na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul revela a complexidade dos debates sobre segurança, propriedade e movimentos sociais no estado. As palavras de Zeca do PT e a reação da AOFMS mostram que o tema é sensível e pode gerar fortes emoções. Enquanto isso, propostas como a do deputado Catan buscam estabelecer uma contraparte ao MST, defendendo a propriedade e a legalidade.

O debate sobre essas questões não deve ser encerrado, mas sim aprofundado, buscando soluções que respeitem todos os envolvidos. É importante que os representantes do povo utilizem suas tribunas para construir pontes, não para criar divisões. Afinal, a busca por uma sociedade mais justa e segura deve ser um objetivo comum a todos.

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