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Prefeitura afirma que dá assistência a comunidades alagadas, mas moradores negam

Publicado em 22/04/2025 15:34

Após as chuvas que atingiram Campo Grande desde a última sexta-feira (18), famílias das comunidades Vitória e Nova Esperança tiveram os barracos alagados. A Prefeitura afirma que tem prestado atendimento por meio da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), mas líderes comunitárias dizem desconhecer qualquer tipo de auxílio.

Após chuvas intensas em Campo Grande, comunidades Vitória e Nova Esperança enfrentam alagamentos. A Prefeitura afirma que a SAS está prestando assistência com cobertores e cestas básicas, além de criar grupos de WhatsApp para monitorar a situação. No entanto, líderes comunitárias contestam, alegando que nenhuma ajuda oficial chegou e que doações vieram apenas da CUFA. A situação permanece crítica, com famílias necessitando de mais cobertores, colchões e lonas.

Em nota, a SAS informou que, desde sexta-feira, realiza atendimentos a moradores afetados pelas chuvas em todas as sete regiões da Capital. Segundo a pasta, as comunidades Vitória e Nova Esperança vêm sendo acompanhadas por técnicos dos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) das respectivas regiões desde o fim de semana.

“Até o momento foram entregues 37 cobertores e 11 cestas básicas na Comunidade Esperança, atendendo 11 famílias. Além disso, na Comunidade Vitória, atendida pelo Cras Noroeste, foram concedidas sete cestas básicas e 19 cobertores, beneficiando sete famílias. No total, entre as duas comunidades, 18 famílias foram atendidas pelos benefícios eventuais”, detalha a secretaria.

A SAS acrescentou ainda que foram criados grupos de WhatsApp com as famílias atendidas e coordenadores de cada Cras, com o objetivo de organizar e acompanhar em tempo real as ocorrências nas comunidades, diante da previsão de novos temporais e queda nas temperaturas.

“Frisamos ainda que a equipe técnica do Cras Noroeste esteve na manhã desta terça-feira (22) na Comunidade Vitória para fazer um levantamento in loco da situação e oferecer os serviços do Cras, assim, como já foi feito na comunidade Nova Esperança”, informou a pasta.

No entanto, as líderes comunitárias da Comunidade Vitória, Amanda Solito, de 35 anos, e Wanelle Fernandes, de 27, contestam a versão da Prefeitura. Elas afirmam que até o momento nenhuma equipe da SAS esteve no local e dizem desconhecer doações ou a criação de grupos de WhatsApp com os moradores.

“Aqui a gente sabe o nome de todo mundo da comunidade. Pergunta quem que ela [prefeitura] procurou pra gente saber. Ela não veio não, porque a menina está aqui desde cedo. Eu fui buscar ela era 7h, porque fui trabalhar, e ela ficou aqui, conversando com o pessoal da comunidade e atendendo os repórteres”, relatou Amanda.

Wanelle acrescentou que alguns moradores receberam doações de roupas e alimentos, mas por meio da CUFA (Central Única das Favelas). Segundo ela, a maioria das famílias ainda precisa de cobertores, colchões e, se possível, lonas.

Silvia Ricaldes, 53 anos, é uma das lideranças da comunidade Nova Esperança e também afirmou desconhecer ajuda, doações ou grupo com moradores, por parte da prefeitura. Ela comenta que soube que pelo local se tratar de uma invasão de área privada, o executivo municipal não poderia interferir.

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