
Sesau descarta contratações de temporários, mas vai mudar equipes após decreto
Publicado em 28/04/2025 08:29
Apesar da espera nas unidades de pronto atendimento estar longa para pacientes, a secretária municipal de Saúde de Campo Grande, Rosana Leite, informou hoje (28) que mais contratações temporárias para reforçar as equipes nos locais estão descartadas neste momento.
Decreto que declara situação de emergência por 90 dias na Capital devido ao aumento dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e a falta de leitos nos hospitais, foi publicado no sábado (26), permitindo mais admissões de profissionais de saúde provisórios.
Porém, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) vai optar em fazer apenas o remanejamento de servidores. As mudanças também foram autorizadas pelo decreto.
As alterações em equipes ainda não começaram a ser feitas, segundo Rosana, mas os coordenadores dos serviços de saúde já receberam autonomia para isso.

A chefe da pasta acrescentou que já contratou funcionários temporários neste mês e está prorrogando contratos com empresas, ainda conforme o decreto permite, para garantir principalmente a manutenção dos estoques de medicamentos.
"Operação de Guerra" - Ainda de acordo com a secretária, o que a Sesau já fez após o decreto, no sábado e no domingo (27) foi uma "operação de guerra" para colocar crianças em vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos hospitais.
"O que eu posso fazer é remanejamento dentro da rede para salvar todas as pessoas, todas as pessoas que precisam de um leito crítico, ou seja, são situações praticamente de guerra. Final de semana, na madrugada de sábado para domingo, juntamente com a colaboração dos hospitais, notadamente o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, nós fizemos remanejamento de crianças que não estavam tão graves para outro local, para poder dar o leito para uma criança que estava extremamente grave", detalhou.
Embora as maiores vítimas das SRAGs (Síndromes Agudas Respiratórias Graves) sejam idosas, o aumento dos casos em bebês e crianças acendeu alerta na Saúde e colocou a falta de leitos pediátricos e de UTI neonatal em evidência, levando à decisão pelo decreto.