
Prefeitura vai decretar emergência e liberar vacina para todos
Publicado em 26/04/2025 10:08
Em reunião que começou às 8h deste sábado (26), a Prefeitura de Campo Grande anunciou medidas para remediar a crise na saúde municipal causada pelo aumento de síndromes respiratórias e outras doenças sazonais.
Entre elas, já está autorizada a liberação da vacina contra a gripe para todos a partir de amanhã (27), com exceção a crianças com menos de seis meses. Atualmente, apenas grupos mais vulneráveis podem se imunizar.
Outra é o decreto de emergência com validade de 90 dias que será publicado ainda hoje. Ele vai permitir que o Município faça compras diretas e aplique mais verbas no que for urgente.
Foram sete as medidas apresentadas na reunião, no total. As demais são:
Participaram da reunião a prefeita Adriane Lopes (PP), a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a vice-prefeita Camilla Nascimento e os vereadores Silvio Pitu (PSDB), Maicon Nogueira (PP), Veterinário Francisco (União) e Wilson Lands (Avante).
Crianças preocupam - Segundo Rosana, a situação é crítica principalmente entre as crianças.
"Entre as crianças, isso está sendo realmente considerado uma das grandes preocupações nossas, da nossa prefeita. Nós já temos mais de 70 óbitos por síndrome respiratória grave desde janeiro até agora, mas nos últimos meses nós tivemos óbitos de quatro crianças, crianças abaixo de quatro anos, tivemos óbitos de mais duas crianças", disse.
Diante disso, a recomendação é cuidado com bebês, principalmente. "O mais importante, toda criança abaixo de seis meses, não pode sair muito de casa, tem que evitar aglomeração, grandes visitas. O sistema imunológico dos bebês é muito frágil ainda, está em formação", alertou.
Nível um - Segundo avaliação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a Capital está no nível um na escala de quatro níveis de alerta epidemiológico.
O cenário é de:
- Aumento de casos;
- Tendência de alto risco de aumento de circulação de vírus e doenças nas próximas quatro a seis semanas;
- Aumento do tempo de permanência nos leitos hospitalares e locais de pronto atendimento;
- Deficit de leitos, com ocupação acima de 100% (pacientes ficam nos corredores);
- Não foi possível aumentar quantidade de leitos pediátricos na rede pública e privada;
- Influenza A e VSR (vírus sincicial respiratório) respondem à maioria dos casos.