Cadeirante enfrenta areião em rua onde o asfalto desapareceu

Após chuvas intensas, moradores dos bairros Jardim Canguru e Mário Covas em Campo Grande enfrentam dificuldades devido ao acúmulo de areia nas ruas, prejudicando motoristas e pedestres. No Jardim Canguru, a água das chuvas carrega areia para as ruas, complicando a locomoção, especialmente para cadeirantes. Moradores tentam limpar calçadas, mas a areia acaba na pista. No Mário Covas, a situação é semelhante, com a areia tornando o tráfego de motos perigoso. A prefeitura promete limpeza das vias afetadas. A situação é recorrente e agrava-se a cada temporal.

Após as chuvas dos últimos dias, moradores de dois bairros de Campo Grande enfrentam dificuldades com o acúmulo de areia em ruas e calçadas. A situação tem atrapalhado tanto motoristas quanto pedestres. No Jardim Canguru, o técnico em informática Silvio Barbosa, de 33 anos, registrou em vídeo um cadeirante tentando se locomover com dificuldade na Rua dos Topógrafos, esquina com a Rua Caraíba.

A sugestão de pauta foi enviada nesta terça-feira (22) pelo canal Direto das Ruas. Silvio conta que o problema é recorrente em épocas de chuva. “A Caraíba é asfaltada para cima da Avenida Cafezais. Como lá em cima é tudo asfaltado, a água vem com mais força. Por isso, acumula areia aqui embaixo”, explicou.

Morador do bairro há cerca de 20 anos, ele lembra que, quando a Rua Caraíba foi asfaltada, também foi feita a elevação da calçada. Hoje, esse fator contribui para o agravamento do problema. “Chove e a terra toma conta. Agora vamos ter que levantar a calçada de novo, senão fica daquele jeito”, completou.

Alguns moradores tentaram amenizar o transtorno limpando as calçadas, mas a terra foi jogada na pista, formando montes sobre o asfalto. “A gente tira a terra de cima da calçada, joga na rua e faz tipo um montinho. Aí tem que esperar a boa vontade da prefeitura para limpar”, afirma.

Bairro vizinho ao Jardim Canguru, o Mário Covas também sofre com o areião. Imagens recebidas pela reportagem mostram a Rua Javali tomada pela areia. Morador da região, Clayton Santos relatou que o problema é antigo e se repete a cada temporal. "A enxurrada desce do Paulo Coelho para o Mário Covas e toda chuva traz terra. Esse período acumulou areia e ficou insuportável”, relata.

Ele afirma ainda que, com tanto acúmulo, ficou praticamente impossível trafegar de moto pela via. “É tanta camada de terra que formou buracos e relevos no asfalto. Você passa de moto e sente tremer tudo”, enfatiza.

A reportagem procurou a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) que em nota manifestou que serão executados serviços nas vias. "A Sisep atua sempre após as chuvas na limpeza (raspagem) do asfalto onde há o acúmulo de terra e pedras trazidas pela enxurrada. Esse serviço será executado nessas vias citadas".