
Elefanta Pupy inicia nova vida após jornada de 5 dias
Publicado em 19/04/2025 11:29
Após percorrer cerca de 2 mil quilômetros, a elefanta africana Pupy chegou nesta sexta-feira (18) ao Santuário de Elefantes Brasil, localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O animal iniciou a viagem em Buenos Aires, na Argentina, e passou por Mato Grosso do Sul na quinta-feira (17), onde fez uma pausa para o almoço.
A chegada ao novo lar foi transmitida ao vivo pelas redes sociais do santuário, marcando o fim da longa jornada de cinco dias pela estrada.
De acordo com a equipe do santuário, Pupy ficará inicialmente em um espaço isolado, sem contato com as elefantas asiáticas que já vivem no local. A chegada de Kenya, outra elefanta africana, está prevista para os próximos dias, e será a nova companheira de recinto da recém-chegada.
A separação entre as espécies é necessária por conta das diferenças comportamentais, de dieta e de porte físico. “Naturalmente, elas não vivem juntas na natureza, por isso aqui também não vão viver. Então, vai ser estreado o recinto das fêmeas africanas”, explicou a equipe.

Logo ao desembarcar, Puppy foi levada ao centro veterinário do santuário, onde uma área especial havia sido preparada para recebê-la — com direito a alimentação e espaço adequado. Tímida, ela levou cerca de 9 horas para sair da caixa de transporte, deixando o compartimento por volta das 19h09 (horário de MS).
Na manhã deste sábado (19), a equipe iniciou o monitoramento do comportamento da elefanta, além dos primeiros exames de saúde. “Já começou a rotina tradicional dela”, comentou um dos integrantes da ONG.
“Ela é uma querida, muito fofa e está muito bem. Vamos agora acompanhar no dia a dia os avanços e retrocessos, e ver como será o cotidiano da Puppy até a chegada da Kenya”, completou.
Relembre - Em 1993, Pupy chegou em um zoológico em Buenos Aires, onde viveu com sua companheira Kuky por mais de 30 anos. Ela é a primeira elefanta africana no santuário e encontrará outros cinco elefantes que já foram colocados sob proteção, mas os demais são asiáticos. O santuário existe há cerca de dez anos, mantido por doações e não é aberto ao público.