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Com consultas marcadas, pacientes dão de cara com portas fechadas do CEM

Publicado em 17/04/2025 08:37

Com as guias em mãos, pacientes que tinham consultas no CEM (Centro Especializado Municipal) marcadas para esta quinta-feira (17) deram de cara com as portas fechadas. Na entrada do local um cartaz impresso justificada o fechamento: "devido ao feriado de Páscoa, não abriremos".

Pacientes que tinham consultas marcadas no CEM (Centro Especializado Municipal) em Campo Grande foram surpreendidos com o fechamento do local devido ao feriado de Páscoa. A Prefeitura decretou ponto facultativo, mas muitos não foram avisados, incluindo pessoas que viajaram de cidades distantes. A situação gerou revolta entre os pacientes, que criticaram a falta de comunicação e o descaso, especialmente aqueles que aguardavam há meses por atendimento. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

A Prefeitura de Campo Grande decretou ponto facultativo na véspera do feriado da Paixão de Cristo, nesta sexta-feira (18). O feriado prolongado segue até segunda-feira (21), e os atendimentos voltarão apenas na próxima terça-feira (22).

Entre os pacientes que ficaram sem atendimento hoje, cerca de 20 pessoas vieram do interior com transporte público das prefeituras municipais do interior.  É o caso da dona de casa, Cícera Bispo, de 56 anos. Ela veio de Corguinho, cidade a quilômetros de Campo Grande para uma consulta com reumatologista.

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“Não foi avisado. Ontem recebi ligação da Secretaria confirmando e hoje o carro da Prefeitura me trouxe. Sai de lá 4 horas da manhã. Isso é revoltante, é um descaso com o ser humano, com a gente”, criticou.

De Rio Verde, cidade a quilômetros de Campo Grande, o radialista Ailson Fernandes, de 55 anos, madrugou para a consulta, que está esperando a um ano e meio. “É um descaso muito grande com a gente, eu saí de casa 1h da manhã. Chega aqui, cheio de pessoas idosas, com problema de saúde, que deixaram emprego, a casa. É muito desprezo essa situação com a gente”, afirmou.

Já o aposentado José Brites, de 65 anos, estava acompanhando o neto, de 12 anos, que é autista e tem epilepsia, em uma consulta psiquiátrica que estava aguardando o retorno há 9 meses. “O problema são os remédios dele, que a gente não sabe se está fazendo bem ou se está fazendo mal para ele, porque ele está tendo convulsão direto”, detalhou.

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Segundo ele, não houve aviso que os atendimentos não estariam funcionando. “A gente pegou ontem esse papel lá no posto, nem lá no posto não avisaram, é um descaso”, relatou.

A aposentada Maria Helena, de 76 anos, reclama que as pessoas com consultas agendadas deveriam ser informadas. “Faz mais de mês que estou esperando, e assim, avisasse pelo menos. Tem gente de todo lugar, aí a gente chega e só tem uma placa? Não é certo”, disse.

A reportagem acionou a Prefeitura de Campo Grande, mas até a publicação não teve retono.

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