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Operação mira empresa que vencia "sistematicamente" licitações para shows

Publicado em 16/04/2025 10:58

Suspeita de irregularidades nas licitações para realização de shows em Três Lagoas, cidade distante cerca de 327 km de Campo Grande, levou o Ministério Público a deflagrar operação nesta quarta-feira (16). Durante a ação, que leva o nome de "Backstage", foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, sendo 8 em Três Lagoas e 2 em Dourados.

A operação "Backstage" foi deflagrada em Três Lagoas e Dourados, investigando irregularidades em licitações para shows pagos pela prefeitura. O Gaeco cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, focando em contratos da gestão anterior. A suspeita é que uma empresa local venceu várias licitações de forma irregular desde 2022. Crimes como associação criminosa, fraude em licitação e corrupção estão sob investigação. A prefeitura atual afirma colaborar com as investigações e destaca que os contratos questionados são da administração passada.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) esteve em duas secretarias de Três Lagoas, a Sejuv (Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer) e a de Administração. Nos locais foram apreendidos documentos ligados a licitações da gestão anterior.

"Segundo apurado até o momento, uma empresa de Três Lagoas teria vencido sistematicamente diversas licitações do Município para fornecimento de estruturas e equipamentos para realização de eventos e shows na cidade, desde 2022, em procedimentos com fortes indícios de irregularidades".

São apurados crimes de associação criminosa, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, bem como crimes correlatos. "Algumas irregularidades, inclusive, já foram objeto de apontamento pelo Tribunal de Contas do Estado, que verificou vícios em um dos procedimentos de contratação do Município de Três Lagoas".

O nome “Operação Backstage“ faz alusão ao que acontece nos bastidores dos eventos, que nem sempre é de conhecimento público.

Em nota, a Prefeitura de Três Lagoas informou que os mandados de busca e apreensão foram realizados em alguns setores da administração. "(...) relacionada a contratos realizados nos anos de 2022 a 2024, ou seja, na gestão municipal passada. A atual administração informa que preza pela legalidade e irá contribuir com a investigação".

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