
Condenada por poluição, americana acumuladora é internada compulsoriamente
Publicado em 15/04/2025 16:29
A americana de 73 anos condenada por poluição em 2022, foi internada compulsoriamente na tarde desta terça-feira (15), após nova decisão judicial. Acumuladora compulsiva, a idosa vivia em uma casa em condições insalubres na Rua Santana, Bairro Vilas Boas, em Campo Grande. Em 2017 ela foi presa pela primeira vez em uma ação da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), foi solta e dois anos depois foi novamente detida pelo mesmo crime.
Uma idosa americana de 73 anos foi internada compulsoriamente nesta terça-feira (15) em Campo Grande (MS), após nova decisão judicial. A mulher, que é acumuladora compulsiva, já havia sido condenada em 2022 por crimes ambientais e vivia em condições insalubres em sua residência no Bairro Vilas Boas. A ação de internação contou com equipes do CAPS, UBS Vila Carlota, Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, além do apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, devido à resistência da idosa. Em 2020, ela foi condenada a dois anos e seis meses em regime aberto por poluição ambiental. A americana é reincidente: foi presa em 2017 e 2019 pelo acúmulo de resíduos e maus-tratos a animais em sua residência, onde foram encontrados lixo, alimentos em decomposição e cachorros doentes.
Na tarde de hoje, equipes do CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) da Vila Margaria, Unidade Básica de Saúde da Vila Carlota e da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) estiveram na casa da idosa para dar cumprimente à ordem judicial. Os servidores tiveram apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.

Conforme apurou a reportagem, em outro momento, as equipes devem retornar à residência para fazer novamente a limpeza e retirada de lixo e resíduos acumulados no local. A idosa chegou a resistir e não quis sair do imóvel, por isso, os Bombeiros e policiais foram chamados. O procurou a Sesau e aguarda o retorno.
Não há detalhes de quando foi dada a decisão e o porquê da internação compulsória. No entanto, em 2020, a idosa foi condenada pela 6ª Vara Criminal da Capital a dois anos e seis meses de detenção em regime aberto pelos crimes ambientais. A decisão final foi publicada em junho de 2022.

O juiz Márcio Alexandre Wust determinou que a idosa, a partir de abril de 2023, se apresentasse à Justiça quando fosse intimada, não saísse da cidade, não frequentasse bares e outros locais noturnos e não se envolvesse em qualquer outro crime. A última movimentação no processo foi uma manifestação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em março deste ano a respeito de uma multa de R$ 3.748,00 a ser paga pela americana.
Reincidente - Em junho de 2017, equipes foram ao imóvel e encontraram acúmulo de resíduos como plásticos, lixo de sanitário, vidros, papelão e alimentos em decomposição. Na residência, também foram encontrados quatro cachorros, sendo dois com leishmaniose. Na ocasião, a moradora foi presa.
Já em 8 de outubro de 2019, novamente equipe da Decat esteve na casa da idosa. Ela foi presa pelos mesmos crimes de maus-tratos a animais e causar poluição em nível que possa causar danos à saúde humana. No dia seguinte ela passou por audiência de custódia e foi solta após R$ 2 mil de fiança.