Aos 62 anos, Simone supera acidente grave e retoma aventuras de bicicleta

### Início: Uma Jornada de Superção e Aventura

Aos 62 anos, Simone Arruda é uma inspiração viva. Sua história é uma mistura de superação e aventura, tudo acontecendo sobre duas rodas. Em 2023, a vida de Simone deu uma reviravolta dramática quando ela sofreu um acidente grave de bicicleta. O impacto foi tão forte que ela ficou inconsciente, com fraturas no rosto e perda de memória, incluindo momentos importantes com o próprio filho.

### Desenvolvimento: O Acidente e a Recuperação

Simone se lembra de poucos detalhes do dia do acidente. "Foi como se tudo tivesse apagado", ela conta. O incidente ocorreu em uma descida conhecida como "Valetão", enquanto ela estava a caminho de Três Lagoas. Com uma bicicleta nova e mais potente, Simone não estava acostumada com a velocidade que podia alcançar. "Estava a 58 km/h. Olhei para trás para verificar se vinha algum caminhão, e quando voltei a olhar para frente, perdi o equilíbrio", explica, baseando-se no relato das amigas que estavam com ela.

O resgate foi rápido graças à ajuda imediata das amigas ciclistas. Simone foi levada ao hospital, onde ficou três dias na UTI e semanas sob forte medicação. "Eu conversava, me alimentava, mas repetia tudo o que falava. Ligava três vezes para a mesma pessoa e não lembrava. Meu filho veio de fora para cuidar de mim, dormia do meu lado, e eu não lembro de nada disso", detalha.

A recuperação foi um desafio. Simone passou 20 dias sem entender o que estava acontecendo. "Andava torta, sem equilíbrio, e via meu rosto deformado no espelho por causa de uma fratura no maxilar", afirma. Mesmo assim, a paixão pelo ciclismo falou mais alto. "Minha maior preocupação era parar por medo. Se eu parasse por medo, ia parar para sempre", revela.

### A Retomada Gradual

Com a bicicleta destruída no acidente, Simone acionou o seguro e recebeu uma nova. A retomada foi devagar, começando com treinos em casa, com a bicicleta presa a um rolo. "Fui ganhando força aos poucos e quando a neurologista liberou, voltei a pedalar na rua, dando voltas na quadra. Eu tremia, mas subia na bicicleta e me desafiava", conta.

O retorno completo levou cerca de seis meses. Simone começou com voltas curtas no Parque dos Poderes, reencontrou as amigas que estavam no dia do acidente e até fez novos companheiros de pedal. "Queria pedalar bem, não competir. Aí conheci pessoas que tinham o mesmo ritmo, e fui aprendendo a usar a bicicleta de forma correta", pontua.

### O Desafio de Bonito

A evolução foi tão rápida que, um dia, os colegas sugeriram um desafio maior: pedalar até Bonito, um trajeto de 160 km. Simone hesitou. "Perguntei: 'Você acha que eu aguento?' E eles: 'Claro que sim!'", conta. Foram 160 km em cerca de 12 horas, com paradas para descanso, água e alimentação. "Cheguei lá moída, mas tão feliz. Era um desafio meu, uma superação. E eu consegui", completa.

### Conclusão: Novos Desafios e Lições

No Carnaval deste ano, Simone encarou um novo desafio ao lado de amigos, pedalando em três trilhas do estado de Santa Catarina. "Foi uma sequência de coisas boas depois de tanto sofrimento. Me mostrou que, se eu quiser, eu posso", finaliza.

A história de Simone Arruda é um lembrete poderoso de que, mesmo diante de traumas e desafios, a paixão e a determinação podem levar a grandes conquistas. Siga-nos no WhatsApp para mais histórias inspiradoras e quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal e siga nossas redes sociais.

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