
“Queremos que ele pague”, cobra irmã de professora morta por mecânico que fugiu
Publicado em 10/04/2025 15:47
Quatro anos se passaram desde que a vida da família da professora Telma Ferreira Rabero foi brutalmente interrompida. O dia 10 de abril de 2021 marcou um momento de horror em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande, quando Jadir Souza da Silva, ex-marido de Telma, cometeu um ato de extrema violência. A acusação é de que ele matou a ex-esposa a pauladas, não aceitando o fim do relacionamento. O mais chocante é que o crime aconteceu na frente do filho de 12 anos do casal, que presenciou tudo.
A dor e a angústia da família persistem até hoje. Silvia Regina Pinheiro, irmã de Telma, expressa o desejo de que Jadir seja encontrado e preso. Ela relata que o processo está parado e que a família sente uma sensação de impunidade. "O processo está parado. Ele está com mandato de prisão aberto, mas não foi encontrado. Sei que nada vai trazer ela de volta, mas nosso desejo é que ele pague pelo que fez com minha irmã e com nossa família. Todo dia pensamos no que aconteceu e estamos lutando para que a justiça seja feita", conta Silvia.

A família não tem um advogado e as únicas respostas que recebem das autoridades são de que o caso segue em investigação. Isso gera uma sensação de que o caso foi esquecido. "Meu irmão sempre passa pela delegacia para saber se tem alguma novidade, mas não tivemos mais nenhuma informação que aponte o lugar onde ele possa estar. Está foragido e nós ficamos com essa sensação de impunidade", pontua Silvia.
O filho do casal, que presenciou o crime, hoje mora com a avó materna e já recebeu alta do tratamento psicológico. Silvia explica que o menino está seguindo a vida na medida do possível. "Ele estuda, pratica esportes, mas tem que conviver com a dor e a falta da mãe. Ele também pede por justiça. Jadir era tranquilo, mas não aceitou o fim do relacionamento e tirou a vida da minha irmã, nunca tinha batido nela antes", afirma Silvia.

A família continua buscando justiça e pede ajuda da população para encontrar o assassino. "Continuamos postando em nossas redes sociais e pedindo ajuda da população para que possamos encontrar esse assassino. Estamos tentando levar a vida, mas o sentimento que temos é de dor e revolta por até hoje não termos resposta nenhuma. Lutamos por justiça e para que ele pague pelo crime. Não queremos que o caso seja esquecido", finaliza Silvia.
O crime foi de extrema crueldade. O filho do casal, de 10 anos na época, estava no quarto jogando videogame e presenciou tudo. Ele disse que o pai agrediu a mãe com uma barra de ferro e depois terminou de matá-la utilizando um machado. Na cabeça da vítima, segundo registro policial, havia um corte profundo com exposição de massa encefálica.
O menino contou ainda que o pai guardava uma espingarda em casa. Foram feitas buscas no imóvel, mas nada foi encontrado. A polícia suspeita que o mecânico fugiu levando a arma. Antes de cometer o crime, Jadir só tinha uma passagem pela polícia por dirigir sob efeito de álcool. A família espera que a justiça seja feita e que o assassino seja encontrado e preso.