
Ex-dirigente do Cene diz que é o melhor nome para assumir a FFMS
Publicado em 10/04/2025 10:25
Candidato derrotado sem receber um voto sequer na eleição da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), realizada na última terça-feira, 8, o ex-presidente do extinto CENE (Clube Esportivo Nova Esperança), Paulo Sérgio Telles, disse que entre os sete candidatos era o mais bem preparado e em condições de contribuir para a recuperação do futebol sul-mato-grossense, com administração transparente e responsável.
“Sem falsa modéstia, sem menosprezar ninguém, acredito que eu sou o melhor, na comparação com os demais candidatos eu sou o mais bem preparado e em condições de contribuir e muito para a recuperação do futebol em Mato Grosso do Sul, mas na hora do voto os dirigentes entenderam que esse não era o momento”, declarou Paulo Telles, sem esconder o desejo de voltar a concorrer em 2027, quando se encerrará o mandato de Estevão Petrallás. “Serei candidato novamente”, frisou.
Embora não tenha sido votado, Telles disse que saiu contente da disputa por entender que a democracia voltou ao futebol de Mato Grosso do Sul depois de quase 30 anos de um sistema ditatorial comandado por Francisco Cezário de Oliveira, preso em 21 de maio de 2024 na Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que apurou desvio R$ 6 milhões da Federação.
“Foi um processo legal e transparente, a maioria escolheu o candidato Estevão Petrallas para ser o presidente da Federação. Nesse ponto saio contente da disputa porque a democracia está de volta ao futebol sul-mato-grossense”, afirmou Telles. “Mas não posso concordar que forças externas interfiram no ambiente futebolístico dos dirigentes para que candidatos possam sobrepor aos demais. Nesse ponto não foi uma disputa leal, porque não foram apresentadas propostas em benefício do esporte, foram analisadas pessoas com interesses difusos”, declarou ele.
Telles avalia que não repercutiram bem no ambiente da eleição os rumores de que Estevão Petrallás tinha o apoio do ex-governador Reinaldo Azambuja, e que Eduardo Riedel, atual governador, estaria apoiando o candidato André Delgado Baird, presidente do Costa Rica, ambos apresentados como os principais candidatos. “Teria sido mais leal e legal se fossem analisadas propostas dos candidatos. Sofri toda a pressão do mundo para que eu retirasse a minha candidatura, sob o argumento de que a disputa só teria dois candidatos, que um era do governo atual e outro do ex-governo, e que eu não teria voto, de fato eu não tive nenhum voto”, lamentou.