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Golpista simula venda de imóvel para “lavar” furto de criptomoedas de idosos

Publicado em 09/04/2025 20:00

### Um Ano Depois: Novos Desdobramentos em Caso de Golpe de Criptomoedas

Há um ano, a prisão de Filippe Barreto Sims e Jair do Lago Ferreira Júnior causou grande comoção em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Eles foram acusados de aplicar um golpe de R$ 3,6 milhões em um casal de idosos que investia em moedas digitais. Mas a história não terminou aí. Agora, novas pessoas aparecem no radar das investigações da Polícia Civil, ampliando o escopo do caso.

### Novos Suspeitos e Novas Acusações

Além dos dois já presos, as investigações apontam para Marco Aurélio Pereira de Sousa e Sainara Nunes da Silva, esposa de Jair, como possíveis participantes do esquema. O que era inicialmente um caso de furto de criptomoedas ganhou uma nova dimensão: lavagem de dinheiro. Os suspeitos teriam tentado mascarar o golpe vendendo um imóvel de R$ 1,6 milhão, registrado em nome da empresa de Jair, com transferências subsequentes para sua esposa e outra empresa de sua propriedade.

### O Início do Golpe

Tudo começou quando o casal de idosos, morador no bairro Tiradentes, contratou Filippe para auxiliar nas transações com moedas digitais. Apesar de terem investido, eles não conseguiam operar a plataforma sozinhos. Foi aí que Filippe entrou em cena, oferecendo-se para ajudar. No entanto, o que parecia ser uma ajuda se transformou em um pesadelo financeiro.

### As Investigações Avançam

Após o registro do boletim de ocorrência, a polícia começou a investigar a corretora responsável pelos investimentos. Foi então que descobriram que Marco Aurélio havia acessado a conta e feito três transações diferentes para despistar o rastreamento do dinheiro. "Interessante mencionar que MARCO AURÉLIO fez 3 (três) transações diferentes para despistar o rastreamento do dinheiro", cita o documento a que a reportagem teve acesso.

### O Intrincado Esquema de Lavagem

Seguindo o caminho das transferências, os policiais identificaram Filippe e Jair como também destinatários dos valores. O esquema era complexo: os réus subtraíam o dinheiro das vítimas, movimentavam as moedas virtuais e fracionavam-nas de modo a despistar o rastreamento, num verdadeiro esquema de lavagem de dinheiro para branquear os valores furtados.

### A Venda Simulada do Imóvel

Um dos pontos mais intrigantes da investigação foi a venda simulada de um imóvel de R$ 1,6 milhão. O imóvel estava em nome da empresa Seven Tec Serviço de Tecnologia da Informação, que pertence a Jair. No mesmo dia da venda, uma transferência foi feita para Sainara, esposa de Jair, e em seguida para a empresa Lins Capital Eireli, também em nome de Jair. "Portanto, merecem destaque dois fatores: o primeiro é que o imóvel estava matriculado em nome de uma empresa gerenciada por JAIR. Depois, o fato de que o valor fora depositado na conta de SAINARA. Por fim, no mesmo dia e no dia subsequente, houve a transferência de R$ 1.509.950,00 para 'Lins Capital.'"

### O Papel do Ministério Público

Com esses detalhamentos, o Ministério Público, através da 64ª Promotoria de Justiça, da promotora Cristiane Amaral Cavalcante, pediu que a Polícia Civil abrisse um inquérito para esclarecer cada um dos pontos. O caso continua em andamento, e as investigações prometem revelar mais detalhes sobre esse intrincado esquema de golpe e lavagem de dinheiro.

### Conclusão

O caso do casal de idosos de Campo Grande é um alerta sobre os riscos dos investimentos em criptomoedas e a importância de estar sempre atento a possíveis golpes. As investigações continuam, e a justiça espera por respostas. Enquanto isso, a história serve como um lembrete para todos nós sobre a necessidade de cautela e vigilância no mundo das transações financeiras.

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