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Justiça condena dupla a 28 anos por matar mulher na frente da filha

Publicado em 30/04/2025 22:20

### Início: Um Caso Trágico em Três Lagoas

Em uma pequena cidade chamada Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande, um caso de assassinato chocou a comunidade. O Tribunal do Júri condenou Edgar Lopes Cardoso, um ex-agente penitenciário de 69 anos, e sua então amante, Sandra Mara Marques, de 52 anos, a 28 anos de prisão pelo assassinato de Joelma Amara de Oliveira. O crime, ocorrido em 19 de maio de 2011, deixou uma marca indelével na vida de todos que o conheceram.

### Desenvolvimento: Os Detalhes do Crime

O assassinato de Joelma aconteceu no bairro Jardim Novo Aeroporto, quando ela foi morta a tiros na porta de sua casa, na presença de sua filha de apenas 6 anos. O promotor Luciano Anechini Lara Leite destacou que o relacionamento conturbado entre Edgar e Joelma, marcado por agressões físicas e ameaças de morte, foi o principal motivo do crime. Edgar, que não aceitava o fim do casamento, planejou o assassinato com a ajuda de Sandra, contratando um pistoleiro para executar o plano.

As investigações revelaram que o número de telefone usado para ameaçar Joelma estava registrado em seu nome, mas foi manipulado por Sandra. Ela utilizou o chip em seu próprio celular antes de transferi-lo para o aparelho da vítima. O Ministério Público apresentou como provas contatos telefônicos entre Edgar e Sandra, além de bilhetes de ameaças falsificados que sugeriam que Edgar tinha escrito ambos os bilhetes.

Durante o julgamento, as defesas de Edgar e Sandra negaram o envolvimento, mas não conseguiram refutar as evidências apresentadas. A defesa de Sandra alegou que ela foi acusada injustamente devido ao seu relacionamento com Edgar, enquanto a defesa de Edgar tentou desacreditar o trabalho da Polícia Civil, sugerindo que o verdadeiro mandante do crime seria um dos filhos de Joelma.

### Conclusão: A Sentença e as Consequências

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Apesar das negações, Edgar foi condenado a 16 anos em regime fechado, enquanto Sandra recebeu 12 anos, ambos por homicídio duplamente qualificado. A dupla pode recorrer da sentença em liberdade, já que ambos responderam ao processo sem prisão preventiva.

O julgamento, inicialmente previsto para 2020, foi adiado devido à pandemia e remarcado para 27 de julho de 2022. No entanto, foi adiado novamente a pedido dos advogados e realizado recentemente.

Joelma começou a ser ameaçada pelo ex-marido em janeiro de 2011. Ela passou a trancar portões e janelas de casa para se proteger, mas no dia do crime, recebeu uma ligação no celular e, quando saiu para atender, foi surpreendida pelo pistoleiro. A mulher foi atingida por três disparos, e sua filha presenciou o crime.

O número de telefone que ligou para Joelma teve o chip cadastrado em seu nome, mas foi habilitado pelo celular de Sandra e depois colocado dentro do celular da vítima. A linha telefônica funcionou apenas entre os dias 4 de abril e 19 de maio daquele ano. O mesmo contato ligou minutos antes para o filho da vítima, atraindo-o para um encontro que não aconteceu, com a intenção de retirá-lo da casa para que ele não impedisse o crime.

Edgar foi preso um ano depois do crime, em 2012, mas conseguiu liberdade provisória. Em 2014, ele estava na Justiça para receber parte dos bens de Joelma, incluindo uma casa, um carro batido e pensão por morte. Ele e Sandra foram denunciados por homicídio qualificado, na época, a lei de feminicídio ainda não estava em vigor.

### Curiosidades e Reflexões

Este caso traz à tona questões importantes sobre violência doméstica e a necessidade de proteção às vítimas. A história de Joelma é um lembrete de que a violência não tem limites e que as consequências podem ser devastadoras. É fundamental que as autoridades e a sociedade em geral estejam atentas para prevenir e combater tais crimes.

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