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MST bloqueia saída para São Paulo por falta de resposta sobre reforma agrária

Publicado em 30/04/2025 06:13

### Início: O Protesto e Seu Contexto

Na manhã desta quarta-feira (30), um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu tomar uma medida drástica para chamar a atenção do governo federal. Eles bloquearam um trecho da BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A ação não foi tomada de forma impulsiva, mas sim como uma resposta a uma situação que tem se arrastado há algum tempo. O bloqueio da rodovia é uma forma de protesto contra a falta de diálogo e ações concretas em relação às demandas de reforma agrária na região. Essa decisão foi tomada após meses de espera e frustração com a ausência de respostas efetivas por parte do governo federal. O objetivo é pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Afinal, quando as conversas e as negociações não avançam, às vezes, é preciso dar um sinal mais forte. Os manifestantes, cerca de 150 pessoas de diferentes regiões do estado, estão ocupando a rodovia para exigir ações concretas sobre a distribuição de terras e a regularização fundiária.

### Desenvolvimento: A Frustração e as Reivindicações

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Claudinei Barbosa, um dos manifestantes, explica que a decisão de bloquear a rodovia não foi tomada de forma leviana. "Estamos com o Incra ocupado há algum tempo, mas até agora não recebemos nenhuma resposta concreta do governo federal", afirma. O grupo espera a presença de Cesar Aldrighi, do Incra, e do ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. "Eles nos disseram que podem vir daqui a um mês, mas isso não resolve nosso problema. Nossas famílias precisam de uma solução agora, não daqui a um mês", ressalta. A situação em Mato Grosso do Sul é particularmente crítica, pois é o único estado que ainda não recebeu respostas efetivas sobre a distribuição de terras. "A presença dos representantes do governo aqui, com data e hora definidas, é o que queremos. O superintendente do Incra no estado não tem poder para resolver nossas demandas", completa.

Os manifestantes estão permitindo a passagem de ambulâncias, mas mantêm o bloqueio para demais veículos. "Não queremos causar transtornos desnecessários, mas também não podemos ficar esperando indefinidamente por uma resposta que não chega", explica Claudinei. A situação é delicada, mas eles acreditam que essa é a única forma de chamar a atenção para suas necessidades. "Vamos permanecer aqui até termos uma resposta concreta. Não estamos aqui para atrapalhar, mas para sermos ouvidos", ressalta. Afinal, a vida das famílias acampadas em diversas regiões do estado depende dessas negociações. A falta de terras e a falta de regularização fundiária têm impactos diretos na qualidade de vida dessas pessoas. "Estamos falando de famílias que precisam de um lugar para viver e trabalhar. Não podemos mais esperar", conclui.

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### Conclusão: O Futuro Incerto

A manifestação segue sem previsão de encerramento. O grupo espera que o governo federal entenda a urgência da situação. "Não estamos pedindo nada demais. Queremos apenas o direito de ter um lugar para viver e trabalhar com dignidade", finaliza Claudinei.

A história do MST é uma luta constante por justiça e por direitos fundamentais. E, enquanto não houver respostas concretas, a luta continua.

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