
"Medo constante", diz professora esfaqueada pelo ex que segue foragido
Publicado em 26/04/2025 20:29
### Início: Uma História de Sobrevivência e Medo
Uma semana após um evento traumático que poderia ter terminado de forma fatal, a professora Indiamara Vendrusculo, de 44 anos, compartilha sua história de sobrevivência. O incidente ocorreu em São Gabriel do Oeste, onde Indiamara foi vítima de uma tentativa de feminicídio perpetrada por seu ex-companheiro, Vilmar Meza da Silva. Ele a golpeou oito vezes com um facão, deixando-a em estado crítico. Agora, com a alta hospitalar, Indiamara enfrenta um novo desafio: viver com o medo constante de que o autor do crime, que ainda está foragido, possa voltar a atacá-la.
### Desenvolvimento: O Ataque e as Consequências

O crime chocante aconteceu no dia 14 de abril, quando Vilmar, sem aviso prévio, invadiu a casa de Indiamara. Por volta das 11h40, ele iniciou uma discussão que rapidamente se transformou em um ataque brutal. Indiamara, que estava cuidando do filho de 9 anos e se preparando para o trabalho, não esperava por nada disso. Ela notou que o comportamento do ex-marido estava diferente, mas não imaginava o que estava por vir.
"Eu não pensei que ele tivesse alguma intenção. Porém, em dado momento percebi que o olhar dele tinha algo de anormal", relembra Indiamara. Mesmo tentando se afastar da situação, a agressão foi imediata. Vilmar golpeou-a diversas vezes, sempre olhando nos seus olhos. "Eu rezava, ‘Deus, não me deixe morrer’", conta ela.
Durante o ataque, Indiamara se fingiu de morta, esperando que o agressor fosse embora. Quando ele finalmente saiu, ela conseguiu pedir ajuda a uma vizinha, que acionou o Samu. Devido à gravidade dos ferimentos e à demora na chegada da ambulância, Indiamara optou por dirigir até o hospital de São Gabriel do Oeste. Lá, ela foi atendida após sofrer danos em órgãos vitais.

Apesar de Vilmar ter demonstrado arrependimento e enviado mensagens pedindo desculpas para familiares, Indiamara não acredita em suas palavras. "Ele dizia me amar e me golpeou. Não tem como acreditar", afirma ela. Com o agressor foragido e a sensação de insegurança permanente, Indiamara vive em constante temor. "Estou indo de casa em casa, não me sinto segura. Ele ainda está solto", relata.
Além do medo, Indiamara enfrenta dificuldades financeiras, precisando do apoio de amigos para custear seus gastos. "Estou vivendo de rifas para ajudar nas despesas. Até a lavagem do carro ensanguentado custou R$ 650", explica ela. A professora também cobrou uma resposta rápida das autoridades. "Se eu tivesse morrido, ele já teria sido preso. Eu preciso de uma resposta agora. Estou vivendo entre a vida e a morte."
### Conclusão: A Busca por Justiça e Segurança

As investigações continuam, mas a professora segue sem poder descansar, sem saber quando a justiça será feita. Indiamara deixa claro que, apesar das desculpas de Vilmar, ela não acredita na sinceridade do arrependimento. "Ele mandou mensagens para familiares, pedindo desculpa, mas não tem como acreditar", finaliza.
A história de Indiamara é um lembrete doloroso da realidade enfrentada por muitas mulheres em situações similares. Ela destaca o silêncio de muitas vítimas de violência doméstica e a importância de denunciar e buscar ajuda. "Não podemos ficar em silêncio. Precisamos falar sobre isso e buscar apoio", conclui ela. A luta por segurança e justiça continua, e a esperança é que casos como o dela possam chamar a atenção para a necessidade de uma resposta mais eficaz das autoridades e da sociedade para combater a violência doméstica. Enquanto isso, ela continua sua jornada de recuperação, buscando apoio e justiça em meio ao trauma e à insegurança.
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