Dólar cai pelo quarto dia consecutivo e fecha a R$ 5,71

O dólar à vista registrou a quarta queda consecutiva e fechou a R$ 5,71 nesta quarta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), adotar um tom mais ameno sobre as tarifas comerciais aplicadas à China.

Com o resultado desta quarta, o dólar acumula queda de 1,48% na semana e recuo de 7,46% no ano. O Ibovespa, por sua vez, registra alta de 1,98% na semana, avanço de 1,50% no mês e ganho de 9,92% em 2025.

A desvalorização da moeda norte-americana foi de 0,16%, enquanto o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou o dia com alta de 1,34%, aos 132.216 pontos. O movimento foi impulsionado pelo alívio dos investidores com as sinalizações de menor tensão na política econômica e comercial dos EUA.

Durante a manhã, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,65, mas estabilizou ao longo do dia. As declarações de Trump, feitas na terça (22), indicaram que ele não pretende demitir Powell, apesar de reiterar o desejo de ver cortes nas taxas de juros norte-americanas. Trump também se mostrou otimista com a possibilidade de um acordo comercial com a China, o que poderia levar à redução substancial das tarifas impostas aos produtos chineses.

O recuo do presidente dos EUA reduziu os temores de interferência política no Federal Reserve e animou os mercados internacionais. Além disso, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, reforçou que as tarifas comerciais atuais são insustentáveis e afirmou que negociações com a China e a Índia estão em andamento.

Na agenda econômica, o índice de gerentes de compras dos Estados Unidos revelou desaceleração da atividade empresarial em abril, ao mesmo tempo em que as vendas de novas moradias unifamiliares subiram 7,4% em março. A leitura mista dos dados influenciou a volatilidade dos mercados ao longo do dia.

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