
Por cautela, consumo de famílias recua levemente em abril, aponta CNC
Publicado em 23/04/2025 13:45
Dados do ICF (Índice de Intenção de Consumo das Famílias), pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), indicam que as famílias campo-grandenses registraram recuo na intenção de consumo neste mês de abril. O levantamento foi feito nos dez últimos dias de março e divulgado nesta quarta-feira (23).
Dados do ICF (Índice de Intenção de Consumo das Famílias) mostram que as famílias de Campo Grande registraram uma leve queda de 0,3% na intenção de consumo em abril, atingindo 101,5 pontos. Apesar de ainda estar acima da linha de insatisfação (100 pontos), a percepção sobre o consumo atual e futuro piorou. A pesquisa, realizada pela CNC, destaca que a cautela dos consumidores é influenciada por fatores como endividamento e juros altos. Famílias com renda acima de dez salários mínimos são mais otimistas. A pesquisa também revela que 52,8% das famílias acreditam que a renda atual é igual à de 2024.
Segundo o índice, houve queda de 0,3% na intenção de consumo das famílias de Campo Grande em relação ao mês anterior, que marcou 101,8 pontos. A CNC esclarece que resultados abaixo da linha dos 100 pontos sinalizam insatisfação quanto à capacidade de consumo, influenciada por fatores como salário e segurança no emprego.
Em abril, o indicador ficou em 101,5 pontos, permanecendo acima do limite que separa satisfação da insatisfação. O recuo leve, conforme a confederação, foi puxado principalmente pela piora na percepção sobre o nível atual de consumo (-3,1%) e na expectativa para os próximos meses (-3,6%).
“Esses dados indicam uma cautela crescente entre os consumidores, que estão mais comedidos tanto em relação ao presente quanto ao futuro imediato”, destaca o levantamento.
Apesar da retração, outros componentes do índice apresentaram estabilidade ou leve alta, como a percepção positiva sobre o emprego atual (+0,9%) e a avaliação do momento para aquisição de bens duráveis (+2,6%).
Para a economista do IPF/MS (Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS), Regiane Dedé de Oliveira, o recuo revela um consumidor mais cauteloso. “Apesar da manutenção de emprego e renda em patamares relativamente estáveis, o impacto de fatores como endividamento e juros ainda elevados pode estar influenciando a decisão de postergar compras, especialmente as de maior valor”, analisa.
Em relação à renda, as famílias com rendimento superior a dez salários mínimos são as mais otimistas, com ICF de 117,1 pontos. Já entre aquelas com renda inferior, o índice ficou em 98,5 pontos.
O levantamento mostra ainda que mais da metade das famílias, 52,8%, acredita que a renda atual está igual à de 2024. Entre elas, 50% se sentem seguras em relação ao emprego atual.
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