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“Foi covardia comigo”, diz cadeirante agredido por segurança de loja

Publicado em 16/04/2025 15:35

Filmado sendo agredido por um segurança de loja na tarde da última segunda-feira (14), o vendedor ambulante Fábio Souza Teixeira, 42 anos, esteve na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande para prestar depoimento nesta quarta-feira (16), antes de dar sua versão ao delegado responsável pelo caso ele conversou com o e afirmou que ainda está sentindo as dores dos chutes.

Fábio Souza Teixeira, um vendedor ambulante cadeirante, foi agredido por um segurança de loja em Campo Grande, após ser acusado de furto. Fábio, que afirma ter sido injustamente atacado, prestou depoimento à polícia e relatou dores devido aos chutes recebidos. Ele nega ter furtado e diz que o segurança deveria ter chamado a polícia em vez de agredi-lo. A loja Americanas, onde ocorreu o incidente, demitiu o segurança e está colaborando com as investigações. O advogado de Fábio exige punição severa para toda a equipe de segurança envolvida.

“Fizeram uma covardia comigo. Minha barriga está doendo. Está inchada”, disse Fábio, que é cadeirante, à reportagem. Por conta das agressões ele teve a cadeira de rodas danificada e está sem transporte e condições de trabalhar.

Sobre o que aconteceu naquele dia, o vendedor ambulante relatou que entrou na loja e pegou duas barras de chocolate. Coloquei o produto no colo e ficou andando dentro do local. “Eu realmente ia pagar, vieram dois seguranças, um homem e uma mulher, e eu perguntei se eles estavam me cuidando. Aí peguei os chocolates e deixei lá. Falei ‘então você paga para mim”, contou.

Em seguida, ele saiu da loja e então o segurança foi atrás dele. “Eu olhei para trás e ele falou ‘você não estava me xingando? Fala agora o que você estava falando’, e ai começou a me agredir com um soco e seguiu me agredindo. Ele chutou minha barriga, eu não quero que fique dessa forma”, afirmou o vendedor.

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Fábio afirma que se estivesse fazendo algo de errado, o segurança deveria ter chamado a polícia e o segurado. E caso tivesse pego algo da loja, no momento em que foi derrubado pelo agressor, teria caído.

“No vídeo dá para todo mundo ver que eu não estava com nada da loja, porque se eu estivesse com algo teria caído na hora que ele me derruba. Eu quero meus direitos. Não quero que passe em branco. Meu pai e minha mãe nunca me bateram desse jeito, nem da polícia eu apanhei”, finalizou Fábio.

O vendedor estava acompanhado do advogado Walisson dos Reis Pereira da Silva que afirmou à reportagem que pediu o desligamento de toda a equipe de segurança das Lojas Americanas. “Não adianta punir apenas um. A punição precisa ser assertiva, ela tem de ser severa. Não dá para você, em pleno 2025, aceitar atitudes covardes como esta”, contou.

“Ele tem que responder na forma da lei. A conduta praticada por este segurança não é aceita aqui e em nenhum lugar no mundo. Se a pessoa está cometendo algum furto, chame a polícia. Ele está tentando se justificar. O advogado da Americanas entrou em contato comigo para dar todo o suporte que o rapaz precisa”, finalizou.

O outro lado – Por telefone, o segurança conversou com a reportagem, ele afirmou não trabalhar na loja onde o cadeirante estava, mas que conhece Fábio por ter fama de furtar outros estabelecimentos e que ele ameaça e xinga funcionários de diversos estabelecimentos do Centro.

Por meio de nota, a Loja Americanas informou que "repudia qualquer tipo de violência dentro ou fora de seus estabelecimentos e informa que o funcionário foi desligado da companhia. A Americanas reitera que segue apurando o ocorrido e está à disposição das autoridades para a elucidação do caso”.

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