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Há 7 anos, Mulheres de Quinta unem música, tambor e poesia em Bonito

Publicado em 16/04/2025 09:00

Por sete anos, toda quinta teve um tom mais forte em Bonito. Um canto mais fundo, uma batida mais ancestral. Um som que não pedia licença, mas que chegava com respeito, como Eveline, Mariane, Roberta , Aja e Franciele sabem chegar. Em 2025, o coletivo musical Mulheres de Quinta celebra essa caminhada em uma estrada feita de amizade, coragem e tambor.

As cinco mulheres, amigas, amadoras por escolha e artistas por destino, entenderam que a música poderia ser mais do que som. Poderia ser cura. Poderia ser abraço. Poderia ser manifesto.

Juntas, compõem uma história que já ecoou em diversos eventos, também nos palcos da Feira Literária de Bonito, no Festival de Inverno da cidade, e, mais recentemente, no Carnaval de Campo Grande, dentro do bloco BojoMalê.

O que une essas vozes é mais que o gosto pelo canto: é o desejo de fazer da arte um espaço de pertencimento. As músicas autorais, como Maria Desperta, Sereia, Pé de Amora e Manduvi, são testemunhos cantados de quem se recusa a silenciar. São poesias ritmadas por maracatus, cocos, sambas-reggaes e ijexás, que giram como saias rodadas no centro de uma roda de histórias, de dores e de encantamentos.

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Hoje, com o apoio do educador e produtor musical Chico Simão, o grupo se reinventa mais uma vez. “Nosso trabalho é feito com muita entrega e verdade. É sobre conexão com mulheres que vieram antes e que virão depois de nós”, diz Roberta Stefanello,  uma das integrantes.

Para marcar os sete anos de existência, o coletivo prepara um novo repertório comemorativo, revisitando canções que marcaram sua trajetória e lançando novas composições, como Entra Dentro da Roda Também e Levanta Areia. Nelas, seguem dançando com a força da terra e o frescor das águas de Bonito, compondo uma obra que não é só musical, "é política, sensível e transformadora", reforçam as integrantes.

Sete anos se passaram, mas as quintas continuam sagradas. Porque para  Eveline, Mariane, Roberta, Aja e Franciele, onde houver uma mulher com tambor nas mãos e liberdade na garganta, ali haverá música. E resistência. E poesia.

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