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Réu por matar costureira incendiada é condenado a 25 anos de prisão

Publicado em 15/04/2025 22:08

### Início: Uma Tragédia em Dourados

Na última terça-feira (15), o Tribunal do Júri em Dourados, cidade localizada a 251 quilômetros de Campo Grande, proferiu uma sentença que chocou a comunidade. Gilmar Alves Cotrin Junior, de 44 anos, foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo assassinato brutal de sua ex-companheira, Valéria Carrilho da Silva, de 35 anos. O crime, ocorrido em 30 de julho de 2023, foi um ato de violência extrema que chocou a todos.

### Desenvolvimento: Os Detalhes do Crime

O Ministério Público revelou que a motivação por trás desse ato terrível foi a recusa de Valéria em aceitar o fim do relacionamento e sua negativa em permitir que Gilmar tivesse contato com os filhos no município. A vítima havia registrado um boletim de ocorrência contra Gilmar em 2022 e possuía uma medida protetiva de urgência desde fevereiro de 2023. No entanto, isso não impediu que o acusado invadisse a residência de Valéria, jogasse gasolina sobre ela e ateasse fogo.

As investigações apontaram que o crime foi premeditado. Na madrugada do dia 30 de julho, Gilmar entrou no quintal da casa da ex-companheira, retirou gasolina do tanque de uma motocicleta e aguardou a chegada dela. Quando Valéria entrou, ele lançou o combustível e usou um isqueiro para provocar o incêndio. A costureira, com o corpo em chamas, correu pelo quintal, espalhando o fogo para roupas, uma motocicleta e duas máquinas de costura.

Valéria foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu por volta das 18h do mesmo dia, com queimaduras graves no rosto, cabeça, pescoço, tórax e mãos.

### Conclusão: A Sentença e as Consequências

O juiz Ricardo da Mata Reis leu a sentença, reconhecendo a incidência da majorante por descumprimento da medida protetiva, o que aumentou a pena em um terço. Após cometer o crime, Gilmar fugiu e foi encontrado horas depois escondido em uma construção no centro de Dourados. Preso preventivamente desde então na Penitenciária Estadual de Dourados, ele confessou o crime, mas, segundo a delegada Thays Bessa, não demonstrou arrependimento. Na mesma madrugada, ele enviou mensagens ameaçando a cuidadora dos filhos, que estava com as crianças no momento do ataque.

O Ministério Público denunciou Gilmar por homicídio com três qualificadoras: motivo fútil, uso de fogo e feminicídio, além do descumprimento da medida protetiva e das ameaças feitas à babá. Este caso serve como um triste lembrete da importância de medidas protetivas e da necessidade de apoio às vítimas de violência doméstica.

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