
IMPCG aplicou R$ 1,3 milhão em banco com risco de quebrar, diz jornal
Publicado em 14/04/2025 19:43
O Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) tem investido R$ 1,3 milhão em letras financeiras do Banco Master, instituição que está no centro de uma série de apurações do Ministério Público Federal, Banco Central e Tribunal de Contas da União. Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (14) pela Folha de S.Paulo, a aplicação representa 3,58% do total investido pelo fundo responsável pela aposentadoria de servidores municipais.
Os títulos adquiridos não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que, em caso de inadimplência por parte do emissor, não há garantia de ressarcimento. O Banco Master enfrenta dificuldades financeiras e negocia a venda de parte de suas operações ao Banco de Brasília (BRB), processo que está sendo acompanhado por órgãos de controle por suspeitas de irregularidades.
Representantes cobram transparência - Em agosto de 2024, o Fórum de Representantes dos Servidores Municipais (FORSSA) enviou ofício à presidência do IMPCG cobrando esclarecimentos sobre a política de investimentos adotada naquele ano. O documento menciona possível desacordo entre as decisões do Conselho Deliberativo e os investimentos realizados, e solicita cópia da ata nº 31/CODPREV/2024, que teria tratado da deliberação sobre gestão de recursos. Porem, segundo apuração do , não houve resposta.
A entidade também pediu detalhes sobre os contratos firmados com entidades gestoras e a lista de instituições financeiras que receberam aplicações do instituto entre 2023 e 2024.
Risco reconhecido - A oferta de rentabilidade acima do mercado foi o principal atrativo para a aplicação, segundo demonstram atas de fundos de outros estados que também aportaram recursos no Banco Master.
A reportagem procurou o IMPCG para confirmar as informações e questionar se há medidas sendo analisadas diante do cenário, mas ainda não obteve resposta.
Caso o banco enfrente problemas para honrar seus compromissos, o prejuízo recairá diretamente sobre o fundo que administra a aposentadoria dos servidores públicos da Capital.